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FAMÍLIAS OLFATIVAS - Construindo conceitos!

  • Alexandre Lemos
  • 17 de ago. de 2021
  • 4 min de leitura

Você já parou para pensar sobre quantos perfumes diferentes sentiu ao longo da vida?


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Você já sentiu as diferentes notas de um mesmo perfume ou entende qual a relação das famílias olfativas para o resultado final de uma fragrância?


Certamente há aromas que você sentiu pouquíssimas vezes e nunca mais esqueceu: alguns naturais e outros “fabricados” por pessoas talentosas e especializadas. É neste último que vamos nos concentrar.


Neste artigo vamos te levar por uma jornada pelo mundo dos aromas, mostrando as principais famílias olfativas e as características de cada uma delas.


Como é feito um perfume


O que costumamos entender por perfume, é o resultado de uma mistura de óleos essenciais ou essências (de onde vem a fragrância), fixadores (substâncias que diminuem a volatilidade do perfume) e diluentes (para balancear a concentração e fazer a “entrega” desejada de perfume, normalmente é usado um composto de água e álcool). da quantidade


Os óleos essenciais são obtidos pelo processamento de matéria orgânica (principalmente plantas, flores, frutas e especiarias), e é preciso uma quantidade enorme de matéria prima para obtê-lo. Com o avanço da química, foi possível identificar os principais componentes desses óleos e sintetizá-los (além de criar muitos outros compostos). Esses elementos, naturais ou sintéticos, são conhecidos como essências.


Todo esse conceito é também utilizado para formular aromatizantes para ambientes. Ou seja, cada necessidade é amplamente estudada pelo Lebrule Fragance Store e só depois transformada em fragrância.


O ciclo aromático


Quando borrifamos um perfume sobre a pele, sempre há uma fragrância que se destaca de início, a nota de saída ou nota de topo (a mais volátil da mistura).


Após uma ou duas horas, a fragrância inicial já se dissipou, e passa a se destacar o que chamamos nota de corpo ou coração, que são substâncias intermediárias, responsáveis transição entre as notas de saída e as notas de base.


No fim do ciclo aromático, ainda temos as notas de base ou de fundo, as menos voláteis da mistura. Estas são as notas que duram mais no corpo. É este conjunto de aromas percebidos que forma a identidade olfativa de um perfume. E a divisão da identidade em notas, corresponde ao que chamamos pirâmide olfativa.


As Famílias Olfativas e suas Características


As famílias olfativas ou famílias aromáticas, agrupam fragrâncias que se assemelham com base em seu aroma, que é dado pelas notas olfativas dominantes.


Definir uma fragrância como romântica, fresca, sensual, intensa ou mesmo doce partem de conceitos subjetivos, de particularidades das pessoas que associam os aromas.


No processo de criação de uma fragrância é comum a conceituação ser iniciada com a intenção de trabalhar em uma das famílias olfativas.


Questões culturais e até emocionais se fundem às essências. Um bom exemplo é a lavanda, enquanto que aqui no Brasil está associada a uma fragrância feminina, em outros lugares do mundo representa a direção olfativa masculina.



1.Família Olfativa das Notas Florais


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Esta é, sem dúvida, a família mais popular. Se divide em notas florais e notas florais suaves. As notas florais em geral, são apresentadas sem misturas e representam mais da metade dos perfumes vendidos no mundo.


Devido à variedade de fragrâncias de flores disponíveis na natureza, as combinações possíveis são praticamente infindáveis. Rosas, Gardênias, Jasmim e tantas outras podem ser oferecidas apenas com sua essência, ou mesmo receber toques sutis orientais ou de misturas inusitadas.


Instigam romantismo, delicadeza além de muita feminilidade e a criação desta categoria remete ao fim do século XIX quando os perfumistas buscavam reproduzir os aromas naturais das flores.



2. Família Olfativa das Notas Orientais


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Nós ocidentais, sempre consideramos o extremo oriente como um continente exótico. Com sua própria flora, é bastante natural que tenhamos uma subfamília apenas para as notas florais orientais.


Atualmente costumam ter uma identidade olfativa sutil. Quando as notas florais do oriente se misturam a especiarias, temos outra subfamília, as notas orientais suaves. Também sutil, porém, com um toque de sensualidade. Além destas duas, temos a subfamília das notas orientais, fragrâncias clássicas que remetem ao exotismo citado anteriormente: de base forte e sensual, mas, com toques frutais cítricos.


Para encerrar, ainda temos as notas orientais amadeiradas. O sândalo e patchouli são as bases desta subfamília.



3. Família olfativa das Notas Amadeiradas


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Esta família também se subdivide em outras, começando pelas próprias notas amadeiradas, dominadas pelas misturas contendo pinho ou cedro.


Depois, acrescentando duas outras pontas, uma com as notas amadeiradas musgo, e outra com as notas amadeiradas secas.



4. Família Olfativa das Notas Frescas


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No Brasil, uma das famílias olfativas mais conhecidas é a das notas frescas.

O motivo é muito simples, suas notas refrescantes são ideias para climas quentes como o nosso. Começando por fragrâncias leves como as notas cítricas. Compostas essencialmente por aromas de frutas cítricas ou por plantas que tem essas características, como o capim-limão.


Na sequência, temos as notas frutais, também como o nome indica, compostas por aromas de frutas. Aqui, predomina o doce em perfumes marcantes.


Continuando, temos as notas herbais, chamadas green no exterior, são notas verdes e naturais. Caracterizadas por aromas fortes, porém, frescos e algo cítricos.


Fechando as possibilidades de composição de identidade olfativa, nesta mesma família ainda temos duas outras subfamílias: as notas aromáticas, muito comuns em perfumes masculinos, e as notas marítimas (ou aquáticas), que em geral, emprestam um ar de suavidade e frescor aos aromas.


O Toque Final da Identidade Olfativa: Misturando as Famílias Olfativas


Como já dissemos, as classificações variam de acordo com quem analisa os aromas, mas, basicamente, giram em torno das notas aqui expostas.


A identidade olfativa, aquilo que nós sentimos, está na mistura das fragrâncias, e com tantas notas possíveis, a quantidade de sensações que se pode causar é muito grande.


Notas amadeiradas de fundo, por exemplo, podem ser a última camada de uma experiência sensorial que começa como o frescor de notas cítricas. Da mesma forma, notas florais e notas marítimas podem conviver em harmonia.


No interior da pirâmide olfativa, literalmente, ainda estamos muito longe de descobrir os limites – se é que eles existem.


A relação das famílias olfativas com o marketing olfativo


A proposta do marketing olfativo é transformar os odores das famílias olfativas em maneiras de aromatizar os ambientes, de forma que se desenvolva harmonia e referência nas relações pessoais, comerciais e também para fortalecer a lembrança da marca.


O ser humano absorve 35% dos aromas que sente; 5% daquilo que consegue enxergar; 2% do que escuta e 1% do que sente na pele, essa é a constatação da pesquisa da Universidade de Rockfeller (NY).


Ou seja, não é necessária explicação, contato visual ou auditivo porque a experiência sensorial promovida pelo olfato é intensa, o perfume resgata experiência gravadas no subconsciente, que estimulam novas ações.


A Lebrule Sense desenvolve fragrâncias que despertam sentimentos!


 
 
 

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